O Ministério da Saúde anunciou na sexta-feira (29) a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe para até 30 de junho, em todo o País. A terceira e última fase teve início no dia 11 de maio, com prioridade aos grupos formados por pessoas com deficiência, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, professores e pessoas de 55 a 59 anos de idade.
“Estamos com uma campanha em andamento e é fundamental que as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, que ainda não se vacinaram, procurem os postos de saúde. Por conta do baixo alcance da meta nesses grupos prioritários, nós, em acordo com os estados e municípios, estamos prorrogando a campanha, de 5 para 30 de junho. É mais uma oportunidade para que os públicos de todas as fases, que ainda não se vacinaram, possam procurar de forma organizada as unidades de saúde”, explica o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário. A vacina é importante para reduzir complicações e óbitos por influenza.
Segundo a Enfª. Juliana Reolon Pujol, responsável por Imunizações em São Pedro do Sul, a procura pela vacina nos ESFs caiu bastante nas últimas semanas e ainda falta pessoas a serem vacinadas. “Até a quinta-feira, dia 28, foram vacinadas apenas 57% das crianças de 6 meses a 5 anos 11 meses e 29 dias; 68% das gestantes; 25% das puérperas e 46% dos adultos de 55 a 59 anos. Nos demais grupos atingimos a meta de 100%, inclusive nos idosos. Peço, principalmente, para os pais dessas crianças ainda não foram vacinadas que façam o favor de ir nos seus ESFs para fazerem o quanto antes a vacina da gripe”, salientou Juliana.
A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, auxiliará os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a Covid-19, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.
O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 200 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do País e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.
Neste ano até o dia 5 de maio, foram registrados 2.137 casos de SRAG hospitalizados por influenza (gripe) em todo o país, com 180 mortes. Do total de casos que já tiveram a subtipagem identificada, 517 foram casos de influenza A (H1N1), com 75 óbitos; 53 casos e 10 óbitos por influenza A (H3N2), 326 de influenza A não subtipado, com 47 mortes; e 440 casos e 48 óbitos por influenza B. As informações são do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde do RS.