Na próxima sexta-feira, 26 de janeiro, completará um mês desde que Leandro da Rosa Braz ganhou liberdade provisória para passar o Natal com a família e não retornou ao Presídio Estadual de Júlio de Castilhos. O foragido completou 31 anos no último domingo, 21 de janeiro.

Desde a data de sua saída do sistema prisional, Leandro é suspeito de ter cometido vários crimes nas cidades Toropi e São Pedro do Sul. Ele possui uma extensa ficha criminal e está sendo chamado por muitos moradores de “Lázaro de São Pedro”, em comparação ao criminoso que também foi alvo de intensa perseguição no interior de Goiás, no ano de 2021, caso que teve repercussão nacional.
Para recapturar o foragido, uma força tarefa foi montada pela Brigada Militar, Polícia Civil e Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) , com a realização de buscas no interior dos municípios de São Pedro e Toropi, bem como nas cidades, porém até o momento Leandro não foi encontrado.
Na tarde desta segunda-feira, 22 de janeiro, a reportagem do Gazeta Hoje conversou com o tenente Márcio Dias da Silva, comandante da Brigada Militar de São Pedro do Sul que relatou o trabalho que está sendo desempenhado pela polícia. Conforme o tenente, embora existam dificuldades durante as buscas, como o cansaço do efetivo, a vegetação muito fechada e informações inverídicas, a polícia continua intensificando ações para localizar Leandro.
Márcio exemplifica que muitas vezes de 30 ligações recebidas, em apenas uma existem informações verdadeiras. Ele ressalta que todas as informações estão sendo averiguadas, mesmo aquelas que não são concretas. “Recebemos ligações informando que o Leandro poderia estar em casas abandonadas, no cerro próximo a localidade de Pedreira, também a beira da rodovia e até mesmo ligações em que afirmaram que ele poderia já estar na cidade.
Todas essas averiguações foram feitas. Posteriormente, durante dois dias nós não tivemos nenhuma informação. Até que veio uma informação de que ele estaria em uma casa, na região da Colônia Militz e nós encontramos ele em uma estrada da localidade, numa casa afastada. Nós visualizamos ele, realizamos o acompanhamento, muitas vezes no mato fechado e com dificuldade do pessoal que estava equipado”, ressalta o tenente.
Após esse dia, a Brigada Militar foi informada de que Leandro teria sido visto novamente próximo a residência em que estava, em Colônia Militz. A polícia fez buscas no local e Leandro mais uma vez fugiu pelo mato. “Após isso, não tivemos mais dados concretos. Por último hoje (22 de janeiro) tivemos a informação de que um morador estaria abrigando ele. Chegamos no local, eram duas casas que pertenciam a esses senhor e não havia pessoas nas residências há mais de 10 dias. São informações que dificultam bastante o nosso trabalho. A situação da pessoa realmente ver ele é diferente da situação da ter ouvido falar”, destaca o comandante.
O tenente afirma que a Brigada Militar e a Polícia Civil de São Pedro do Sul, juntamente com o Grupo de Ações Táticas Especiais da BM (GATE) continuam fazendo abordagens e buscas ao foragido. “ Já tivemos o envolvimento de mais de 50 policiais militares. Embora o nosso policial militar esteja de folga, não esteja fardado, ele continua trabalhando, que é uma característica muito predominante no nosso efetivo aqui. Então são informações que eles coletam e nos trazem em um grupo que a gente tem. Eu peço que a população disponibilize dados mais concretos, não só de ouvir falar. Não deixamos de averiguar, porque às vezes naquela pequena informação pode existir algo que está colocando em risco outras pessoas da nossa comunidade. Mas que a comunidade tenha calma. A Brigada Militar não deixou e não vai deixar de fazer o seu trabalho durante 24 horas”, enfatiza o comandante. Por Andressa Scherer Tormes
