Dando sequência a reuniões entre o governo do Estado e o Cpers, a direção da entidade foi recebida ontem na Secretaria da Fazenda, em Porto Alergre. O subsecretário do Tesouro do Estado, Bruno Jatene, acompanhado de representantes do Grupo de Assessoramento Especial (Gae), estiveram reunidos com a presidente do Cpers, Helenir Schürer, e demais representantes da direção.
No encontro, Jatene e integrantes do Gae ouviram reivindicações da categoria. Temos recebido os pleitos da entidade e, desta vez, reunimos a equipe do Gae. Esta gestão é muito aberta ao diálogo e vamos avaliar todas as possibilidades. Em 2021, não haverá reajuste, em razão das limitações da LC 173, mas queremos construir caminhos”, disse Jatene. O subsecretário informou que uma série de reuniões internas estão sendo realizadas para tratar do tema.
O subsecretário citou no encontro que a situação financeira do Estado melhorou, fruto das reformas, de um trabalho de contigenciamento das despesas, das desestatizações e também do aumento da arrecadação, apesar da pandemia. “Todas essas medidas fizeram com que conseguíssemos colocar a folha em dia. Mas mesmo diante de tudo isso, ainda estamos numa insolvência fiscal, com grandes riscos como o pagamento dos precatórios, a dívida do Estado e depósitos judiciais entre outros”, acrescentou.
Jatene explicou que em paralelo vêm sendo atendidas pedidos de esclarecimentos com o Tesouro do Estado e encaminhadas algumas demandas. Citou como exemplo o reajuste de 8,23% no valor do vale-refeição encaminhado pelo Executivo e aprovado pela Assembleia na terça-feira (14/9).
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, cobrou urgência de um retorno do executivo sobre o índice de recomposição e da importância da proposta contemplar todos os trabalhadores(as) da educação: professores(as), funcionários(as) e aposentados(as).
“A educação padece cada vez mais com a política de arrocho salarial, e quando falamos dos menores salários, como os funcionários(as) de escola, a situação fica ainda mais desesperadora. Por isso reivindicamos não somente o reajuste pelo piso, mas uma reposição que atenda toda a categoria”, declarou.
A presidente ainda ressaltou a preocupação do Sindicato com a Lei Orçamentária Anual. “No projeto da LOA para 2022, o governo estima um crescimento de 6,9% na arrecadação, mas reduz a previsão de gastos com a educação. No entanto, para os altos salários do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Assembleia Legislativa há dotação de aumento”, ressaltou.
SecomRS