É lamentável, e podemos dizer trágico, o descaso como a educação brasileira, em quase todo o país, está sendo tratada pelo poder público a partir da pandemia; Que antes já não vinha bem!
Partindo do Ministério da Educação e chegando às Secretarias estaduais e municipais de educação, fica demonstrado um desinteresse quase unânime em retomar a educação plena das crianças e jovens, relegam tudo para um plano secundário.
Especialmente no RS autoridades, professores e muitos pais desejam manter as crianças em casa, optando por aulas via internet, não querem aulas presenciais; O CEPERS tem muito a ver com isso. O ensino digital pode até ser interessante e eficaz, mas é válido apenas para uma minoria: Filhos das famílias da classe alta e média, que tem internet, computador e conhecimentos básicos para lidar com essas ferramentas.
Mas e a maioria das crianças e jovens que não tem acesso ou tem acesso precário a essa metodologia? Que dependem da merenda escolar para suplementar sua alimentação que é escassa nas suas famílias? Que dependem da escola para que seus pais possam trabalhar? Como fica a situação deles? Eles estão perdendo muito!
O prejuízo que isso está gerando para os nossos filhos e o país é incalculável, não tem como medir. O trágico é que muitos jovens não voltarão mais para a escola depois da pandemia.
“É uma situação semelhante ao que aconteceu no tempo do império; Em 1759, a partir do tratado de Madri assinado em 1750 entre Espanha e Portugal, os jesuítas foram expulsos do Brasil e da América Espanhola.
Os jesuítas, através da COMPANHIA DE JESUS, fundada em 1524 em Paris por Iñigo Lopez de Loyola, hoje conhecido como Santo Inácio de Loyola, implantaram em 1549 um sistema de ensino no Brasil, por sua conta, com apoio do império; Isso durou mais de dois séculos.
A partir da expulsão deles o Brasil ficou durante mais de 50 anos sem sistema de ensino. Os ricos mandavam seus filhos estudarem na Europa ou eram ensinados por professores particulares, os demais brasileiros ficaram sem ensino nenhum durante mais de meio século.
Somente em 1827 foi aprovada uma lei que criou escolas elementares (ensino básico) no Brasil, mas tudo era muito precário. Por isso os imigrantes alemães e italianos, tanto católicos como luteranos, naquela época, no sul do Brasil, criaram suas próprias escolas para educarem seus filhos na escrita, na leitura e na matemática, em muitos casos na própria língua deles. Os jesuítas só puderam voltar ao Brasil por volta de 1840”.
Voltando para a atualidade, no meio da pandemia:
Pelas informações que se têm hoje, na maioria dos países a educação está sendo tratada com muita atenção durante a pandemia e as aulas presenciais já foram retomadas a bastante tempo; Eles sabem que a educação dos seus filhos é fundamental para o crescimento cultural, social e econômico dos seus países. Também é verdadeiro que o COVID19 praticamente não ataca crianças; Prova disso é que as vacinas só são aplicadas a partir dos 16 anos de idade. Por outro lado também sabemos que teremos que conviver com o CIVID19 para sempre.
O Brasil precisa repensar e enfrentar urgentemente essa questão para minorar os prejuízos; O Ministério da Educação precisa acordar e agir impondo a volta às aulas em todo o país.
Não podemos nos dar ao luxo de privar as crianças do conhecimento, do seu futuro, do convívio social e até da sua alimentação, para que se tornem cidadãos e patriotas integrais.
Nosso vizinho, Santa Catarina, já retomou as aulas presenciais, o que estamos esperando?
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