O calendário para o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 sai na próxima semana. A informação foi dada no feriado do dia 1º de maio pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, durante videoconferência para apresentar balanço do pagamento da primeira parcela.
A previsão inicial era de que a segunda leva de pagamentos começasse a ser paga na última segunda-feira (27) para os inscritos no Cadastro Único e os cadastrados por meio do aplicativo e do site do programa. Mas o Ministério da Cidadania soltou uma nota afirmando que a divulgação do calendário deve ocorrer agora em maio.
Segundo Guimarães, o banco ainda está fechando o detalhamento dos pagamentos da primeira parcela e fechará o calendário após reunião com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e aprovação do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Pagamento em dias diferentes
De acordo com o presidente da Caixa, o pagamento da segunda parcela ocorrerá em dias distintos dos dias para o pagamento do Bolsa Família. A medida visa evitar aglomerações nas agências bancárias.
“O segundo pagamento levará em conta tudo o que esta acontecendo agora. De uma maneira muito clara: não há condição de misturar o pagamento do Bolsa Família com o das contas digitais. Passamos este mês montando a base de dados”, disse Guimarães. “Na semana que vem, vamos publicar o calendário do segundo pagamento e ele vai ser muito mais simples porque já temos uma base de dados de 50 milhões de pessoas”, acrescentou.
De acordo com a lei, pode receber o auxílio quem cumprir as seguintes condições, acumuladamente:
– É maior de 18 anos
– Não tem emprego formal
– Não receba benefício assistencial ou do INSS, não ganhe seguro-desemprego ou faça parte de qualquer outro programa de transferência de renda do governo, com exceção do Bolsa Família
– Tenha renda familiar, por pessoa, de até meio salário mínimo, o que dá R$ 522,50 hoje, ou renda mensal familiar de até três salários mínimos (R$ 3.135)
– No ano de 2018, recebeu renda tributável menor do que R$ 28.559,70.
O futuro beneficiário deverá ainda cumprir pelo menos uma dessas condições:
– Exercer atividade como MEI (microempreendedor individual)
– Ser contribuinte individual ou facultativo da Previdência, no plano simplificado ou no de 5%
– Trabalhar como informal empregado, desempregado, autônomo ou intermitente, inscrito no CadÚnico até 20 de março deste ano ou que faça autodeclaração e entregue ao governo
Dificuldades:
Os trabalhadores que tiveram de abrir uma poupança social digital para receber o auxílio emergencial de R$ 600 estão tendo dificuldades para acessar o aplicativo Caixa Tem e movimentar o dinheiro. Nas redes sociais, eles reclamam que estão tendo problemas para entrar no aplicativo em qualquer momento do dia e, quando é possível acessar, a transferência para outras contas não é efetuada.
A Caixa Econômica Federal informou que diversos usuários que não têm direito ao auxílio emergencial estão acessando o app Caixa Tem sem necessidade, “gerando uma demanda adicional”. O banco recomenda que o cidadão consulte a situação do seu benefício através do App CAIXA | Auxílio Emergencial ou do site
auxilio.caixa.gov.br.
No aplicativo Caixa Tem, é possível realizar consultas, transferências e pagamentos diversos (água, luz, telefone etc.). Em um só dia, segundo a Caixa, o app registrou mais de 10 milhões de transações. A Caixa ressalta que o aplicativo está disponível 24 horas nos sete dias da semana.
O aplicativo Caixa Tem, que está disponível para celulares Android e iOs, deve ser usado por quem optou pela poupança social digital no momento do cadastro para receber o auxílio emergencial.
Até o momento, cerca de 50,1 milhões de pessoas foram aprovadas para receber o auxílio. Desse total, 19,2 milhões são beneficiários do Bolsa Família; 10,5 milhões estão inscritos no Cadastro Único e 20,3 milhões são formados por trabalhadores informais, micro empreendedores individuais (MEI’s) e contribuintes individuais. Outras 12,4 milhões estão com o cadastro inconclusivo. (Fonte: Agência Brasil).