“O criminoso sempre retorna à cena do crime”. O ditado popular passou a ser nesta semana, motivo de preocupação de moradores de Cerro Baltazar, interior de São Pedro do Sul. Na terça feira, dia 13, foi encontrado na localidade, proximidades da casa que teria sido incendiada pelo fugitivo do presídio de Julio de Castilhos, Leandro da Rosa Braz, uma lanterna vermelha em condições de uso com pilhas, um par de chinelo, um par de meias (aparentemente limpas) e um saco com ração vazio. Os itens estavam próximos de onde cruza uma mangueira de água limpa, usada para consumo da moradora que perdeu a residência com o incêndio. Ainda de acordo com os moradores, o material encontrado não pertence a ninguém da comunidade.
Ainda de acordo pessoas da localidade ouvidas pela reportagem, o temor é de que o fugitivo Leandro Braz, apelidado de “Lázaro de São Pedro,” tenha retornado para aquela região. “Lázaro de São Pedro” é uma analogia a Lázaro Barbosa, de 33 anos, que em 2021 mobilizou uma força-tarefa em Goiás e no Distrito Federal, após ser considerado suspeito de cometer quatro assassinatos, três tentativas de homicídio, três invasões e dois incêndios. Ele foi encontrado em uma área de mata e após a troca de tiros com policiais da força-tarefa montada para capturá-lo, foi morto após 20 dias de buscas.
“Temos certeza que certeza que isto foi deixado ali recentemente, e isso nos preocupa, já que ele ainda não foi encontrado”, salientou uma moradora que optou por não se identificar temendo que o criminosos esteja no entorno.
Leandro Braz chegou a ser perseguido por policiais da Brigada Militar em 15 de janeiro, quando teria colocado fogo durante a madrugada na residência. Enquanto policiais faziam buscas na localidade, ele estava escondido em um clube nas proximidades (Clube 15 de Novembro de Cerro Baltazar). Avistado pelos policiais, o criminoso conseguiu fugir entrando em um mato.
Em entrevista concedida a Rádio Municipal São-pedrense, no último dia 26 de janeiro, o comandante do 3º Pelotão sediado em São Pedro do Sul, Ten Marcio, a Brigada Militar não descartava a possibilidade do criminosos ainda estar na região.