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O ex patinho feio

Ganhar uns pila no agro está cada vez mais difícil. Especialmente na coxilha onde predomina a lavoura de soja.
O produtor rural deve ter diferentes moedas na granja para enfrentar os ciclos de baixa de alguma cultura. Quando é uma moeda só o risco de dar zebra sobe tremendamente. A soja neste momento está em “estado de coma” financeiramente. Enquanto não vem a securitazação almejada e necessária para salvar os produtores precisamos pensar fora da caixa tecnicamente, uma vez que seguir o efeito manada repetindo as mesmas práticas certamente nos levará ao destino impróprio, o precipício.


A cultura do milho semeada cedo, em agosto nas áreas bem drenadas que não são muitas na nossa região, permite rentabilizar o produtor rural e escapar dos estios de verão. O período crítico da cultura se dá entre 70 a 80 dias após a emergência. Se plantamos em agosto até novembro estaria livre da estiagem. Colhendo em janeiro podemos fazer uma safrinha de pasto ou de soja pois nos resta ainda 120 dias de verão outono para rentabilizar. Esta opção esbarra na aptidão das terras frias e úmidas, na necessidade de plataforma especial para colher e na necessidade de capital para as sementes do milho híbrido que não se pode salvar como se faz na soja comumente.

Trabalhar os sistemas integrados de produção é o caminho mais prudente apontado pela pesquisa. Ter gado nas granjas hoje é essencial tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista técnico ambiental. Se quisermos sequestrar carbono, aumentar a matéria orgânica do solo está é a forma mais rápida e segura para se conseguir. Claro com ciência e tecnologia ou seja, com manejo adequado.

A resiliência dessa atividade é impressionante. Mesmo com secas severas produziu muito bem nas áreas bem manejadas.
A produtividade dos pastos no capricho bem manejados chegam a 600 kg de peso vivo por hectare nos anos de seca e 1000 kg nos anos com chuva bem distribuídas. Isto representa hoje entre 55 sacas e 90 sacas de soja respectivamente.
A soja precisa de um parceiro para ajudar. Esse parceiro é o gado. É sabido que o mau manejo do gado implica em perdas na soja, mas também é sabido e notório os benefícios do bom manejo.

De patinho feio nas granjas hoje a pecuária é protagonista de renda.
Quem saber mais sobre isto? Busque ajuda competente para tomar decisões mais assertivas. Conte com a equipe técnica da Cooperagro. Em tempos de tamanha escassez de recursos não podemos desperdiçar nem um centavo por conta de dúvidas e ou achismos.

Venha prosear conosco!
Faça um planejamento da granja pensando em sistemas. Tenha mais gado e menos soja. Esse é o norte. Lidar apenas com uma moeda, a soja, é receita pro desastre mesmo que colha bem, imagina não colhendo.
Quem não valoriza gado pense nisto, antes que vire estatística.

Fernando Bassotto
Detec Cooperagro

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