A injeção de insulina é o alicerce da sobrevivência para milhões de diabéticos. Nas redes sociais, um clamor ressoa por acesso a esse medicamento. Atualmente, a Coalizão Vozes do Advocacy, composta por 26 organizações dedicadas ao diabetes, lançou a manifestação intitulada #Cadê a Minha Insulina?, reivindicando a disponibilização urgente de insulinas de ação prolongada no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com diabetes tipo 1.
A insulina análoga de ação prolongada, disponível há mais de duas décadas no Brasil, oferece uma eficácia superior em comparação com a NPH, a insulina atualmente disponível no SUS. Esta variante mais antiga pode causar picos de açúcar no sangue, tornando mais complexo o controle de diabetes dos pacientes.
A coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy, Vanessa Pirolo, destaca a necessidade de colocar a diabetes como prioridade na agenda de saúde pública. “Nós precisamos que o Ministério da Saúde coloque o diabetes como prioridade este ano. Afinal, o gasto com saúde relacionado à condição no Brasil atingiu 42,9 bilhões de dólares em 2021, o terceiro maior do mundo. Mais de 60% deste valor é investido em complicações do diabetes”, comenta.
De acordo com o Atlas da Federação Internacional de Diabetes, estima-se que 16 milhões de brasileiros vivem com diabetes, e cerca de 10% desse número são afetados pela diabetes tipo 1. Apesar da nota de incorporação das insulinas de ação prolongada no SUS publicada pelo Ministério da Saúde em 2019, essas insulinas ainda não estão disponíveis para o público que delas necessita.